quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Fui assistir ao filme Piaf - Um Hino ao Amor, história sobre a vida de Edith Piaf, famosa cantora francesa, 1915-1963.
Uma de suas canções mais famosas é La Vie en Rose.

Não é exatamente por causa do filme que eu estou escrevendo aqui, mas ele é tão bom que não ia dar pra não falar.

Nunca entrei tanto num personagem como entrei nesse, com a atuação de Marion Cotillard.
P e r f e i t o .
Edith era um gênio, daqueles gênios filhos da mãe que nascem com um dom, e vai ser aquilo, pronto, acabou. Uma chata, louca, reclamona, grossa, espirituosa, forte, frágil, teimosa, apaixonada.
Inspirada, inspiração.

Foda. Eu muito recomendo.


ok, desabafei sobre o filme, agora vamos ao que interessa..
...cheguei no Arteplex com a minha mãe, 1 hora antes do filme começar.
Minha mãe tem 63 anos (se ela souber que coloquei a idade dela aqui..).
Compramos as ''passagens'', como ela insiste em chamar as entradas, e ficamos na livraria que tem ali. Quando faltavam 30 minutos pra começar, fomos pra fila - não tinha ainda ninguém na fila - eu, então, disse que ia comprar uma vitamina pra mim, e pra que ela ficasse atenta a fila.

uhum.

Voltei, vi uma mega fila, entrei nela, e essa, de tão grande que era, foi cortada com aqueles "cordões de isolamento" e logo atrás de mim tinha outra fila, pra entrar na que eu estava (???).
Olho pro começo da fila (a da boca da entrada da sala) e vejo minha mãe, na frente de todo mundo, mas por fora do ''cordão de isolamento''.
Conheço meu gado, percebi tudo que tinha acontecido: ela sempre pede atendimento preferencial quando entra em qualquer espécie de fila. Minhã mãe não viu a fila se formando, quando viu, já tinha a maior galera, aí foi pedir o tal atendimento preferencial. Ok, direito dela, certo?..tá, concluída minha tese.
Mas ao dar uma olhada mais detalhada na fila, da qual minha mãe era a "primeira" (era grande a beça, formava um ''U''), me subiu um ataque de riso tão forte que minhas costelas doíam, segurando a vontade de gargalhar..
..a fila i n t e i r a era de velhinhas e velhinhos, alguns, juro por Deus, se apoiavam em andadores;
minha mãe era a mais jovem da fila, depois de mim.